Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)
HPLC é uma técnica de separação de compostos utilizada para obter uma maior seletividade/especificidade na análise. Assim como na extração em fase sólida, a separação cromatográfica na técnica de HPLC baseia-se na diferença de interação dos constituintes da amostra com um solvente e um adsorvente sólido.
O solvente (fase móvel) contendo a amostra flui através de uma coluna contendo o adsorvente (fase estacionária). A diferença de interação faz com que os distintos compostos tenham diferentes velocidades, atingindo o detector em tempos igualmente diferentes e que são característicos de cada composto, em condições estabelecidas.
Dependendo do detector a ser utilizado, a técnica é capaz de realizar análises na faixa de µg/L a ng/L. No LAMIC esta técnica é empregada com o uso de detectores UV-visível tanto com comprimentos de onda pré-determinados como com arranjo de diodos e de Fluorescência.
O LAMIC dispõe de cinco equipamentos Agilent das séries 1100 e 1200.
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (LC-MS),
DE MASSAS SEQÜENCIAL (LC-MS/MS) E DE TRAPEAMENTO IÔNICO (LC-MS3)
A técnica de LC-MS também já foi implementada no LAMIC. É a mais sensível e específica no que diz respeito à determinação de compostos orgânicos. Diferente de outras técnicas, ela não usa parâmetros físicos genéricos para a identificação dos compostos; depois de uma separação cromatográfica “convencional”, identifica o analito através de sua massa molecular.
Este tipo de tecnologia permite que se reduza ou elimine completamente procedimentos de preparo de amostra como clean-up/pré-concentração e derivatização. Como esses passos são normalmente lentos, trabalhosos e demandam maior custo, essa técnica se apresenta como uma excelente alternativa para tornar os métodos mais simples e menos sujeitos a erros, diminuir o custo de análise e o tempo de entrega de resultados.
O LAMIC dispõe de um sistema Agilent 1100 que devido à sua robustez e todas as características acima relacionadas vem sendo extremamente útil nas análises de rotina.
A partir de uma evolução da técnica de LC-MS surgiram os sistemas LC-MS/MS. Após identificação, uma massa característica do analito é quebrada e os fragmentos formados são determinados. Esse procedimento faz com que aumente sensivelmente a especificidade da análise, sendo que o espectro de massas gerado funciona como uma espécie de “impressão digital” do analito. Além disso, é possível alcançar níveis mais baixos de concentração.
Para esse tipo de análise, o LAMIC dispõe de 3 equipamentos: dois API 5000, o equipamento mais sensível disponível no mercado no que diz respeito à análises quantitativas, e um sistema API 4000 Q-Trap. Esse último é um equipamento híbrido que além de funcionar no modo de quadrupolo linear (modo mais adequado a análises quantitativas e que é usado pelos outros equipamentos do LAMIC), pode operar no modo de trapeamento iônico (LC-MS3). Essa habilidade possibilita que os íons formados sejam “aprisionados” e, consequentemente, pré-concentrados antes da sua identificação. Isso favorece o aumento da sensibilidade da técnica. Através do sistema LC-MS3 é possível também quebrar os fragmentos formados (íons filhos), gerando íons netos que são igualmente característicos do composto de interesse. Esta funcionalidade aumenta a especificidade da técnica, uma vez que é obtida “a impressão digital da impressão digital”. Estes equipamentos foram adquiridos junto a Applied Biosistems e têm ajudado a reduzir custos e tempo de análise, além de aumentarem a confiabilidade dos resultados gerados pelo LAMIC.
CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS (GC/MS)
Ainda como uma alternativa, o LAMIC dispõe de um sistema Agilent de GC/MS. A cromatografia gasosa é usada para separar compostos termicamente estáveis que apresentem ponto de ebulição acima de 300 °C.
O uso da espectrometria de massas como técnica de detecção permite que sejam determinados compostos presentes em níveis de traços (µg/L), além da confirmação da identidade do composto.