Fumonisinas ocultas no milho
Por muito tempo acreditou-se que as fumonisinas ocultas poderiam ocorrer somente após o processamento do milho. No entanto, recentes pesquisas tem demonstrado que fumonisinas ocultas também podem ocorrer em milho não processado. Ainda não estão completamente elucidadas as vias metabólicas responsáveis pela formação das fumonisinas ocultas. Acredita-se que grande parte é devido a reações químicas que ocorrem na própria planta infectada com fungos micotoxigênicos.
As fumonisinas ocultas não podem ser analisadas pela forma tradicional de análise de fumonisina B1 e B2, pois necessitam de preparo de amostra diferenciado que visa a liberação e conversão em formas extraíveis da matriz. O pesquisador Dr. Maurício Schneider Oliveira (LAMIC – UFSM), desenvolveu uma metodologia específica para determinação das formas livres (fumonisina B1 e fumonisina B2) e ocultas em amostras de milho. Baseado nos resultados encontrados após análise de fumonisinas livres e ocultas em amostras de milho, empregando-se análises estatísticas de correlação, determinou-se uma equação de predição que estabelece a quantidade de Fumonisinas Totais (livres + ocultas) a partir dos dados de análise de fumonisinas livres. Parte desse estudo foi publicado no periódico Food Control, no artigo: “Free and hidden fumonisins in Brazilian raw maize samples”. (Clique aqui para baixar).
Baseando-se somente nos resultados de análises das formas livres, a presença de fumonisinas no alimento está sendo subestimada. Isso explica o porquê de alimentos que apresentam baixos níveis de contaminação por fumonisinas, causarem efeitos tóxicos em animais.
Estes valores são baseados em resultados obtidos por Cromatografia Líquida. Não por kits ELISA!
Para estimar a quantidade de Fumonisinas Totais (livres + ocultas) em sua amostra de milho, digite nos respectivos espaços, os resultados das análises de fumonisinas B1 e B2 (em ppb):
* Para calcular valores decimais, utilizar " . ", por exemplo: Digitar "10.5", e não "10,5".