Sistema de Amostragem

Importância do Programa Amostral

O procedimento amostral é, sem dúvida, o ponto mais importante para o monitoramento de micotoxinas. Diversos programas amostrais são empregados no processo de análise de micotoxinas e todos possuem vantagens e desvantagens determinadas pela distribuição heterogênea dos grãos contaminados com micotoxinas nos cereais. Dessa, esta variável leva a inúmeras dificuldades de interpretação das análises.

Após anos de experiência na implantação destes modelos em diversas empresas agropecuárias, vários motivos nos levaram a optar pelo sistema amostral adotado na União Europeia. Assim, este programa, que já foi experimentado e aperfeiçoado em inúmeras indústrias brasileiras, apresenta boa aplicabilidade, desde que seguido e controlado adequadamente. 

 

Qual a quantidade a ser retirada?

Para calcular a quantidade que deve ser amostrada, basta saber o volume de produção da fábrica de ração durante um dia de produção, ou o tamanho do lote a ser amostrado.

Digite o tamanho do lote ou volume de produção da fábrica (em toneladas*):

 

t     =  kg  (qtd. que deve ser amostrada na fábrica)

* Para calcular valores decimais, utilizar " . ", por exemplo: para 10.500 Kg, digitar "10.5", e não "10,5".

 

Como devo realizar a amostragem?

 

Lote: é uma quantidade de matéria-prima ou alimento do qual se aceita as mesmas características quanto à homogeneidade ou à produção diária de uma unidade de produção em um determinado tempo (turno de produção).

Incremento: quantidade retirada de uma localização do lote (normalmente 10 amostras de 100g para cada kg de amostra coletiva).

Amostra coletiva: resultado da soma dos incrementos.

Amostra coletiva reduzida: é a parte representativa da amostra coletiva, após redução da quantidade.

Amostra final: resultado parcial da amostra coletiva reduzida ou da homogeneização da amostra coletiva.

A quantidade calculada acima deve ser dividida durante um turno de trabalho. Por exemplo: caso a fábrica produza 45 toneladas de ração por turno (lote), devem ser coletados, ao final deste turno (8 horas de produção), 30 kg de ração (amostra coletiva), sendo 3,75 kg de ração coletadas a cada hora (incrementos). Caso a empresa utilize o sistema "Furo na Rosca" (LAMIC) para amostragem, este sistema deve ser regulado para que a quantidade de ração coletada ao final do turno seja em torno de 30 kg.

A amostragem é automática é muito prática e eficiente. Por isso, seu emprego esta amplamente difundido em diversas empresas. O uso de amostradores automáticos e outros sistemas muito mais simples, como a coleta de frações trituradas por intermédio de perfurações efetuadas nas tubulações (furo na rosca) de transporte do alimento, especialmente depois de ser moído, facilita significativamente o procedimento de amostragem.

 

Sistema "Furo na Rosca" - LAMIC

Figura 3. Amostragem Automática em Fluxo Contínuo (AAFC). 1. Vista lateral: as setas (A e B) indicam o fluxo de amostra na rosca transportadora. Os incrementos foram coletados através do tubo C e armazenados no recipiente D (amostra coletiva). 2. Corte transversal: os incrementos saem pelo furo E, localizado em um ângulo de 45° a partir da base do lado direito da tubulação externa da rosca transportadora, levando-se em consideração o sentido do fluxo da amostra.

O fluxo da matéria-prima (ou ração) ocorre de A para B em uma rosca sem fim. A amostra é transportada por um tubo de PVC com diâmetro de 1 polegada ou mais (C), acoplado à rosca em um ângulo de 45° (E) e armazenada em um container (D) com dimensões suficientes para recolher a quantidade de incrementos resultantes da fórmula.

O furo (E) onde é acoplado o tubo deve ter um diâmetro entre 5 e 15 mm, conforme a quantidade de amostra a ser coletada. Esta coleta deve ser contínua enquanto houver fluxo de matéria-prima ou ração através da rosca.

O recipiente (D) deve ser esvaziado em outro maior para evitar parada do fluxo no tubo coletor (C).

Ao final do dia, toda matéria-prima, ou ração, coletada neste sistema deve ser homogeneizada e dela será extraída uma amostra que será enviada ao LAMIC.

 

Dependendo da quantidade de ração produzida pela fábrica, pode ser coletada uma amostra semanal. Neste caso, o procedimento é muito semelhante: toda matéria-prima ou ração coletada durante a semana deve ser homogeneizada e, então, uma amostra deve ser enviada ao LAMIC.

 

Amostragem de Silagem

• Superfície de corte
• Retirar de 200g a 500g de 2ptos por m²
  • Homogeneizar a massa em uma superfície limpa
  • Reduzir pelo "sistema das cruzes" com auxílio de equipamento adequado
  • Retirar uma porção de 2kg de matéria úmida
  • Secar em fonte de calor (não em microondas, sol e temperaturas acima de 70ºC)
  • Moer em partículas de 1mm
• Enviar ao laboratório em gelo suficiente
• Identificar corretamente e de forma a não perder a identidade